domingo, 1 de novembro de 2015

SAUDADE



SAUDADE

Eu sinto uma grande saudade de coisas e dos amores que já vivi

É uma saudade tamanha, um sentimento que nem sei como explicar
Saudade do que poderia ter vivido, do que poderia ter sido e não foi, 
Saudade da vida que está por aí, de tudo que ainda poderá ser e será

Minha alma é romântica e nostálgica em relação a sentimentos

Sinto vontade de voltar no tempo, quando vem aquela recordação
Tenho saudades da minha infância e juventude, das rodas de música
Da sanfona e da viola, no cair da tarde carregada de emoção.

Me lembro daquelas praças floridas, onde os jovens se encontravam
Nas tardes quentes de todos os Domingos, felizes para amar
Os amores eram mais ardentes, os encontros mais empolgantes
As palavras se tornavam desnecessárias, tudo dito num certo olhar.

Saudade dos momentos que não vivi intensamente, mas vi de longe
Saudade de não ter vivido tudo que a vida me convidou a experimentar
Por não ter dito o quanto eu realmente tinha amado e fui feliz assim
Hoje tenho plena consciência que o tempo passou e não há como mudar.

Saudade daquela época em que havia mais respeito e romantismo
Poesia, canções, Amor de verdade e não apenas paixão.
Saudade daquela luz no lampião, das frias noites de solidão.
Pensando naquele encontro, saudade das cartas escritas à mão.

Tenho saudade também, de tudo que ainda não vi e não vivi
Como anseio pelo reencontro da história ainda não escrita!
Sinto um desejo enorme de matar essa saudade, vivendo...
No fundo, tenho curiosidade de saber como seria esta vida.

Eu hoje acordei assim, sentimental, meio coração, meio menina.
Ando me escondendo atrás dessa casca de força de quem sabe fazer,
Mas no fundo eu sou isso... uma criaturinha frágil, carregada de lembranças
Vou seguindo assim, com saudade do que provavelmente jamais vou viver.

Mas guardo meus sonhos, o coração puro e a alma livre como uma águia
Que pode voar bem alto, vislumbrando os perfis e os píncaros da serra
Percorrendo todos os caminhos, descobrindo os mistérios desta Vida
Descortinando horizontes, matando esta saudade, vagando pela Terra.

Saudade sim de tudo, de todos, de mim... de ontem, ecos e história
Me mantenho livre, dona de mim, como as criaturas puras de coração
Que recordam seu passado, de forma leve, sem mágoa e frenesi
Onde corpo e a alma, Infinitos, se revelam , num desaguar de emoção.
Poesia de : Ametista
Santos, 30/10/2015 12:55

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